segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Depois de algum tempo ela consegue dar seus próprios passos, sem nenhum tipo de apoio.
Começa a confiar mais, como fez um dia.
Ele passa de sinônimo de decepção para lembranças boas de um passado distante.
Aquele sentimento não te esmaga mais, não te corrói, mesmo que as memórias daquela época ainda façam parte do seu presente.
Sem nenhum tipo de contato, nem encontros inesperados, apenas notícias previsíveis.
Ambos seguiram em frente, cada um em seu próprio ritmo.
Ela mudou, por dentro e por fora. Talvez ele nem a reconhecesse.
Talvez nunca voltem a se encontrar.
E talvez ela ainda consiga encontrar alguém que a faça sentir da mesma maneira que ele costumava fazer.

sábado, 16 de junho de 2012

Uma vida feita de adeus


A vida é uma série de encontros e desencontros. Esporadicamente encontraremos alguém com quem poderemos construir algum futuro juntos, e alguns minutos depois levaremos um tapa na cara dado pelo destino, pois pessoas morrem, moram longe, vão embora, ou às vezes só não é pra acontecer nesse momento, e talvez nem depois.

Algumas pessoas farão falta, darão saudades, ficarão na lembrança, como um passado que não aconteceu. Já outras passarão despercebidas, até o dia que aquele mesmo que te deu um tapa tratou de o colocar frente a frente.

E quando todo o momento mágico terminar, que o rancor e a dor passarem, ou pelo menos serem colocados em segundo plano, é que vamos refletir que aquilo tudo não teria dado certo a não ser naquele momento. Que todos têm necessidades, desejos, e talvez esses não sejam os mesmo.

Esporadicamente as pessoas irão embora sem ao menos se despedir. E você poderá descobrir tarde demais, mas o que mais poderia ter sido feito? Laços foram feitos para serem cortados, e é o que você aprenderá com todas essas despedidas, sendo elas formais ou não.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O inevitável

Inicialmente você fica sem entender o que aconteceu, onde deu errado. Quer reatar, sente falta. Talvez seja só comodidade, receio de uma mudança.
 Pode ter sido um término meia boca, sem deixar claro o que realmente estava acontecendo, ou talvez seja apenas você não querendo aceitar.
Vários são os motivos para isso ter ocorrido, desde o fator idade e do fato dos dois não quererem a mesma coisa no momento, ou simplesmente distância, que pode ser territorial ou mesmo sentimental, quem sabe.
Como em "500 days of Summer"¹, você se lembra de tudo de bom que vocês viveram juntos: as risadas, as confissões, o primeiro encontro. E pode ser que até imagine que viveu tal coisa. (E não, eu não acabei de ver o filme).
 Lembrará de como ele costumava ser, e não acreditará no que ele se tornou, pelo menos na sua concepção. Até o dia em que se dará conta de que ele sempre foi assim, porém você tinha um personagem montado na sua mente de como queria que ele fosse.
 Talvez você apenas se lembre de tudo aquilo que você queria, mas que não aconteceu.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

E você vai rir lembrando dos bons momentos,

Pode até vim a ainda sentir alguma coisa pelo cara,

Mas quando você o vi novamente, e não sentir aquela sensação esmagadora que é ter seu coração querendo sair pela boca, vai se sentir vazia.

O que é triste, pois era essa sensação que fazia com que vc se sentisse viva,

Que fazia com que ter saído de casa aquela noite tivesse valido a pena.

Até mesmo quando não passasse disso e não houvesse nenhuma reciprocidade.

sexta-feira, 16 de março de 2012

People Always Leave

É quando você percebe que todo aquele tempo, aquela convivência, não fez diferença nenhuma. No fim cada um segue seu caminho, a vida prossegue, as pessoas cuidam de se distanciar. Com o tempo a gente esquece, a gente se esquece, a gente segue em frente.

Haverá lembranças, é claro. Mas tudo isso parecerá com memórias que não são suas, com uma vida que não foi vivida por você, um laço que não fez a menor diferença, a não ser naquele período, nada mais.

As pessoas sempre vão embora, e isso é um fato mais que comprovado. Elas deixam de ter importância. O tempo cuida de apagá-las. Faz você perceber que aquilo tudo não tinha nada que fosse verdadeiro.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Eu não lembro a data, lembro que era novembro, lembro que era um domingo, lembro que eu tinha me divertido pela manhã. Também lembro que não iria mais sair de casa a noite. Mas não foi isso que aconteceu.

Como num ímpeto, eu sai, arranjei companhia e fui dançar a minha banda favorita, aquela daquela época. Surpresa eu fiquei ao te ver lá, naquela festa, naquele ritmo dançante, nada a ver com o que parecia ser você. Eu ainda não sabia bem o que era você, como era você. E descobri.

Passei a noite te olhando, a noite esperando, me distrai. E segui em frente, ali, bem ali na sua frente, e conversamos, e quando eu cheguei a pensar que iria ser uma despedida, foi apenas um começo.

E eu lembro que dormi com um sorriso nos lábios, como se aquela noite tivesse sido a melhor até aquela data. E eu queria mais, e eu tive mais, tivemos mais.

E eu ainda lembro, como se fosse ontem, como se fosse hoje, ainda coloco o mesmo sorriso nos lábios apesar de tudo.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Amor de carnaval

E eu estava apenas seguindo o caminho de casa, como tantas outras vezes, e o olhei como olho qualquer um que me atraia, como eu fiz tantas outras vezes.
Talvez ele não seja o homem mais bonito do mundo, mas ele era o tipo de cara que você para pra olhar duas vezes. Loiro, olhos mel. Não era musculoso, mas tinha um corpo legal, um papo legal, e sim, ele tinha um defeito crucial. E mesmo assim, a gente ficou ali conversando, se conhecendo, nos beijando.
Quando ele seguiu em frente, eu estava convicta de que nunca mais o veria, e que seria um de muitos outros que eu nunca mais chegaria a passar o olho por uma segunda, terceira vez. Mas ele me chamou a atenção de alguma forma, que pode ter sido a beleza estética ou o modo como as palavras saiam da sua boca.
E dessa forma eu cheguei a conclusão (assim como a Samatha Jones em Sex in the city quando descobriu um homem inatingível) que aquele seria o homem perfeito, mesmo eu já tendo citado que ele tem uma imperfeição decisiva, por que eu tenho plena consciência que aquele momento foi o melhor que poderíamos ter conseguido.

O que ficou do carnaval

Poderia ter ficado com vários caras, porém escolheu apenas um, o cara errado.
Poderia ter se perguntado como teria sido, mas foi lá e fez.
Se arrependeu amargamente, porém não ficou na vontade.
Conheceu várias pessoas, e a maioria delas não terá importância, e com o tempo não lembrará de nenhuma.
Bem, talvez apenas daquela.
Reviu pessoas distantes, e algumas não tão distantes assim.
Fez coisas que não devia, e deixou de fazer várias outras.
Nenhuma experiência nova, apenas algumas adaptadas.
Levará apenas na bagagem que da próxima vez aproveitará mais, não que não o tenha feito dessa vez.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

É uma coisa de pele. Às vezes rola por um determinado tempo, outras vezes, puro arrependimento.
Às vezes se lembra dos momentos por um tempo... que uma hora ou outra passa, outras vezes é como se nunca tivesse existido. E, às vezes, levamos isso pra sempre, mesmo que tenha durado pouco tempo, como foi o caso.
Mesmo eu tendo vivido tudo, agora eu estou do outro lado. Fazendo o mesmo. Decepcionando alguém.
É coisa de pele, e não somos obrigados a conviver com nada. Escolhas.
Escolhas... você vai pensar por que está acontecendo isso com você. Ora, em algum momento da vida você fez o mesmo, só que não se tratava de você, então talvez fosse sem importância.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Só entenderemos um fim do relacionamento até a gente viver a mesma sensação que o outro pode ter vivido quando quis terminar.
Como o Daniel Oliveira disse em seu texto "Quando a gente aprende a ir embora": "Uma das partes pode ter acordado e achado estranho aquele braço por cima do seu corpo durante a noite. Ou pode ter visto uma das fotos antigas e não ter se encontrado nos dias mais recentes com aquele sorriso de antes."
Acontece, você pode até ainda gostar imensamente daquela pessoa, porém o beijo já não é o mesmo, o abraço, as conversas.
E mesmo querendo negar, perceberá que aquele relacionamento tá findado ao fracasso, e terá que se permitir terminar, ou mesmo aceitar o término.


Bem, esse é o link pro texto completo do Daniel Oliveira http://www.casalsemvergonha.com.br/2012/01/25/quando-a-gente-aprende-a-ir-embora/

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Um tanto quando desleixada, é assim que ela segue sendo, mesmo que deseje, e às vezes até tente, fazer exatamente o oposto.
Tornou-se ranzinza com o tempo. Talvez o tempo nada teve a ver com isso. Veio da exposição ao ambiente, aquele que ela já se acostumou, sempre a procura de um lugar seguro.
Voltando pra casa, sente o êxtase eufórico do momento, porém essa sensação passa com o atravessar dos dias, do mesmo modo que passa uma grande ressaca. E mesmo assim, ela segue em sua inércia contínua, tendo desejos, claro, mas nenhuma vontade de realizá-los.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Não foi amor a primeira vista, mas rolou uma atração, uma lembrança de fisionomia, o que não acontece sempre, por força do hábito da memória.
Foi amor a segunda, terceira e quarta vista. Foi decisão e impulso, e, finalmente, oportunidade.
Foi a última pessoa que se esperava encontrar naquele dia, naquele ambiente. Apenas para perceber a influencia dos esteriótipos.
Foi coisa de uma noite, amor de carnaval, que poderia ter durado menos, machucado menos, ficar no "como teria sido", mas que prolongou por todo um doce novembro, e que não resistiu a mudança de página do calendário.
Foram consequências e sequelas deixadas apenas na parte que deu início a tudo isso, que queria prolongar o inevitável. Até onde se sabe.
Foi o momento que todos querem, mas pelas experiências mal sucedidas de terceiros, não buscam viver.
E talvez por medo ou simplesmente ansiedade, as próprias memórias não deixam se precipitar pelo gosto da sensação que já teve outrora.