Era
tudo uma questão de orgulho. Ele desde o primeiro momento a preveniu que não
era um cara que enviava mensagem de texto, que isso não passava de bobagem. Que
não queria nada sério, pois tinha acabado de sair de um relacionamento falido.
Ela concordou
com as regras dele, e a única comunicação que realizavam fora do contato
pele-a-pele, era para combinar algum encontro ocasional. Então a cara de
espanto que ela expressou quando leu seu primeiro sms dele, aquele logo após um encontro por acaso, aquele que não
era retribuindo nada que ela tivesse enviado, a deixou com um sorriso bobo nos lábios.
Depois
disso, eles passaram a se falar com mais frequência. Nada de passar horas
contando a respeito do que aconteceu sobre seus dias, porque um simples “oi” ou
um “sinto tua falta”, um “boa sorte” em alguma prova que ela faria, abarcava
todas as palavras não ditas.
Tinham
finalmente quebrado a barreira. Pelos menos era isso que ela achava. Essa falta
de informação a respeito da vida dele tinha deixado uma incógnita. Então ela
descobriu o verdadeiro motivo dele não se abrir totalmente, ele teria de se distanciar
em breve.
Não haviam mais mensagens de "boa noite", nem desejos de "feliz aniversário". A distância fez com que se afastassem lentamente, até o ponto de
se tornarem dois estranhos passando lado a lado na rua.
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